terça-feira, 21 de junho de 2011

Quinta-feira, 08 de julho de 2010 | 07:10
A “pacificação” das favelas do Rio não passa de um acordo feito entre o governador e os traficantes, que podem “trabalhar” livremente, desde que não usem armas nem intimidem os moradores das comunidades.













A Policia Militar em parceria com o Bope realizaram durante 4 dias em diversos bairros no município de Sena Madureira a operação denominada Pacificação com o intuito de apreender armas de fogo que existem ilegalmente na cidade como também coibir o trafico de entorpecentes.




A Tenente Marilena Chaves que estava a frente do 8° Batalhão de Policia do município disse que esta operação surgiu efeito, e que várias armas de fogo foram apreendidas, onde a parceria do PM junto com o Bope estarão sempre realizando operações no município para que a onda de violência possa diminuir.


Quando tiramos armas de fogo das ruas da cidade que estão de forma ilegal, a criminalidade diminui, onde a policia esta fazendo a sua parte e assim a comunidade vai tendo mais segurança. Disse.

livros como: Rota 66 – A Historia Da Policia Que Mata, de Caco Barcellos
                  Falcão – Meninos Do Trafico, de Celso Athayde
                 Abusado – O Dono Do Morro Dona Marta
, de Caco Barcellos



A Traiçao Das Elegante Contam a historia das favelas.





A Polícia Militar e o governo do estado do Rio de Janeiro já decretaram. “Viemos para ficar.” Mas ainda há estranheza da sociedade sobre o projeto de pacificação nas favelas da capital do estado. A relação entre os moradores dos morros com a polícia sempre foi dificultada pelos benefícios e laços que eles mantinham com os traficantes, mas isso pode estar mudando.
O crime organizado há décadas dominou estes locais e o poder público nunca conseguia agir de maneira eficiente para combatê-lo. “Algo tinha de ser feito para que as comunidades vissem como é a vida sem o tráfico de drogas e o poder paralelo”, observa o sociólogo Guilherme Carvalhido. Mas, para a polícia se estabelecer na favela, precisou da ajuda da prefeitura e do governo, como explica o Coronel José Vieira de Carvalho, responsável pela operação nos morros cariocas: “Se não houvesse integração com estas duas esferas de governo, o trabalho não seria possível.”
De acordo com o coronel, o trabalho foi viabilizado graças ao benefício social que o governo leva às comunidades. “Se os moradores não tivessem algo a ganhar com a operação, nós não seríamos aceitos. As pessoas querem ter acesso a direitos básicos como luz, água, segurança. A Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) instaladas nos morros é apenas o cumprimento de um direito delas.”.
A pacificação dos morros começa com repressão ao crime, a retirada dos traficantes e o fim dos pontos de distribuição de drogas, feito pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). As UPPs são inauguradas na segunda fase, a de estabilização do lugar. Policiais especialmente preparados para a operação ocupam os morros e, paralelamente, começam a ser prestados serviços de assistência social, saúde, implantação de creches e escolas, que são oferecidos pelo governo ou pela prefeitura. “A Polícia está presente para, claro, eliminar qualquer tipo de resistência, mas principalmente para prevenir o crime. É nesse momento em que a cooperação da comunidade é fundamental.”
Mas, para que haja esta cooperação, a polícia ainda precisa mudar a imagem negativa junto aos moradores. O sociólogo Guilherme Carvalhido ressalta que é necessário que a operação seja realizada de maneira coordenada, a fim de respeitar a cultura local. Já Marcos Bretas, pesquisador do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana da UFRJ, lembra que há diferentes interesses nesta relação e que é preciso ajustar estas tensões. “É uma nova realidade, permeada por novas negociações sociais e interesses. Os arranjos de poder são diferentes, pois há outras vozes, da comunidade e da polícia.”
Carvalhido, Bretas e o coronel Carvalho concordam que para dar certo é necessário que a população abrace a iniciativa. Bretas assinala que o foco principal desta operação deve ser a presença, já que esta é a primeira vez que o poder público atinge estes locais. “A presença torna mais viável a concessão de direitos. A mudança mais rica é que a polícia entrou e ficou para reduzir o conflito e as tensões sociais. Isso é o que mudou efetivamente.”
                                  

                          UPP Chapéu Mangueira e Babilônia




Você concorda que, para as favelas serem pacificadas, os moradores precisam cooperar com a operação?
Você acha que a pacificação está garantindo o cumprimento de alguns direitos dessa população?
Você acha que a pacificação irá mudar a imagem da polícia?

    


 Empresas lucram com a pacificação das           

favelas cariocas


A paz estabelecida em uma série de comunidades cariocas até pouco tempo dominadas por traficantes armados com fuzis já está se convertendo em cifras para grandes empresas que antes não subiam os morros, temerosas pela segurança de seus funcionários. Os grandes filões estão em serviços como TV por assinatura, telefonia e energia elétrica.

Da varanda da casa de Andrea, a vista para o mar de Ipanema impressiona tanto quanto a do mar de antenas de televisão via satélite instaladas nas residências vizinhas, morro abaixo. Perguntados sobre o que acham do serviço, os moradores não se sentem à vontade para falar, aparentemente ainda com receio, já que as operadoras tomaram o lugar das centrais de televisão comandadas por traficantes, a chamada "Gatonet".








Uma das empresas a entrar nesse mercado, ainda no ano passado, foi a Sky. A companhia lançou um pacote especial, com 89 canais, para as regiões com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) por um preço reduzido: R$ 44,90. Com a vantagem de não ter de instalar uma rede de cabos, a operadora consegue chegar a essas comunidades tão logo são pacificadas.


"Antes não tínhamos o que fazer. Se tentássemos entrar numa comunidade dominada pelo tráfico para tentar cortar uma ligação, levávamos uma pistola na cabeça, éramos ameaçados", conta o diretor de comercialização Mário Guilherme Romano. Ele afirma que a empresa está investindo para renovar toda a rede elétrica das área pacificadas.


Operadora de telefonia fixa e móvel, internet banda larga e televisão via satélite, a Oi também vê a calmaria nas favelas cariocas se reverter em receitas. Depois de o número de linhas fixas da empresa instaladas no Complexo do Alemão cair de 37 mil, em 2007, para cerca de 7 mil no ano passado, às vésperas da ocupação, o cenário começa a se reverter.

O plano da companhia é recuperar a perda de clientes e chegar a 50 mil assinantes até o fim do ano. "É como se uma cidade de 600 mil habitantes surgisse do nada no meio do Rio de Janeiro", comemora o diretor de comunicação corporativa da Oi, George Moraes









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